Etarismo é o preconceito e a discriminação em relação à idade, que pode afetar pessoas de qualquer idade. Também é conhecido como idadismo ou ageísmo.

O Projeto de Lei 2617/24 define medidas para combater a discriminação de pessoas ou grupos por conta da idade.

A diversidade no ambiente de trabalho é um tema cada vez mais presente nas discussões organizacionais, e um dos aspectos que merece destaque é a diversidade geracional.

Afinal, empresas que abraçam essa diversidade aproveitam uma vasta gama de experiências, habilidades e perspectivas que enriquecem o ambiente e contribuem para resultados mais robustos e criativos.

Neste artigo, vamos explorar porque a diversidade geracional é tão importante e como o combate ao etarismo beneficia a organização e os colaboradores, bem como as principais características das gerações que hoje coexistem no mercado de trabalho.

O cenário atual: diferentes gerações convivendo no ambiente de trabalho

Pela primeira vez na história, temos até quatro gerações coexistindo no mercado de trabalho:

  • Baby Boomers: nascidos entre 1940 e 1960;
  • Geração X: nascidos entre 1960 e 1980;
  • Millennials (ou Geração Y): de 1980 a 1995;
  • Geração Z: nascidos entre 1995 e 2010.

Cada grupo traz consigo uma bagagem de valores, competências e formas de pensar e agir moldadas por fatores culturais, econômicos e tecnológicos distintos. Por isso, compreender essas diferenças e saber lidar com elas é essencial no processo de contratação e retenção de talentos.

Afinal, essas diferenças, quando bem aproveitadas, são fonte de inovação, aprendizado e produtividade.

Além disso, um ponto importante que deve ser considerado é que as novas gerações vêm redefinindo as prioridades no ambiente de trabalho, colocando a qualidade de vida no topo de suas demandas.

Ao contrário das gerações anteriores, que muitas vezes priorizavam estabilidade e ascensão na carreira, Millennials e Geração Z valorizam cada vez mais o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e buscam propósito em suas atividades.

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Essa mudança de perspectiva reforça a importância de uma diversidade geracional no ambiente corporativo, onde essas novas necessidades se somam ao conhecimento e à visão estratégica dos mais experientes, criando equipes completas e adaptáveis.

Características das gerações no ambiente de trabalho

Conhecer algumas das características das gerações pode ajudar gestores e equipes a entenderem melhor seus colegas, mas é importante reforçar que isso não é uma regra para todas as pessoas.

Baby Boomers

Costumam valorizar o trabalho árduo e o reconhecimento, têm uma visão competitiva e muitas vezes ocupam cargos de liderança. São adaptáveis, mas podem resistir a mudanças muito bruscas.

Geração X

Conhecida pela independência e pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a Geração X é prática, mas mais individualista e competitiva. 

Millennials ou Geração Y

Nasceram e cresceram com a informática e a globalização, valorizam a flexibilidade, a inovação e o propósito no trabalho. Por isso, costumam ser mais questionadores, ousados e até um pouco imediatistas.

Geração Z

Extremamente conectados, valorizam a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade. São chamados de “nativos digitais”. Além disso, são ágeis, gostam de feedback imediato e possuem uma visão crítica e consciente do mercado de trabalho.

Combate ao etarismo: uma necessidade

Um dos principais desafios para empresas que buscam promover a diversidade geracional é o combate ao etarismo — a discriminação com base na idade. Esse tipo de preconceito é evidenciado tanto em ambientes familiares e redes sociais quanto no mercado de trabalho.

De acordo com o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas” do Great People & GPTW, 51,6% dos profissionais relatam dificuldade em lidar com diferentes gerações no ambiente corporativo.

Essa dificuldade é amplificada em relação à Geração Z, com 68,1% dos entrevistados afirmando enfrentar desafios específicos na integração com esses profissionais mais jovens.

Esses dados refletem percepções recorrentes sobre a Geração Z, incluindo queixas quanto à falta de comprometimento e à impaciência na carreira, atributos também imputados aos Millennials quando começaram a entrar no mercado de trabalho.

Isso aponta para um ciclo de resistência e adaptação que ocorre sempre que uma nova geração se insere nas organizações.

Em vez de resistir, empresas podem adotar práticas que facilitam o convívio intergeracional, promovendo o diálogo e a colaboração. Incentivar uma escuta ativa, onde profissionais mais experientes se abrem para novas ideias, é essencial.

Ao mesmo tempo, jovens profissionais podem observar e aprender com os colaboradores mais experientes, fortalecendo uma cultura de troca mútua. Além disso, desenvolver programas de integração e fornecer feedback contínuo pode ajudar a diminuir a rotatividade entre os jovens, que, segundo a Gupy, ficam, em média, apenas nove meses em cada empresa.

4 benefícios da diversidade geracional no trabalho

Empresas que integram diferentes gerações em suas equipes colhem benefícios notáveis, por exemplo:

1.    Inovação e criatividade

A diversidade de perspectivas faz com que surjam soluções e ideias que dificilmente seriam concebidas em um grupo homogêneo. Colaboradores mais jovens podem trazer ideias frescas e explorar tecnologias modernas, enquanto os mais experientes compartilham práticas e conhecimentos adquiridos ao longo de suas carreiras.

2.    Aumento da produtividade

Equipes multigeracionais tendem a ser mais produtivas, pois combinam a agilidade e o entusiasmo dos colaboradores mais jovens com a experiência e a estabilidade dos mais velhos. A troca de conhecimentos acelera o aprendizado e promove o desenvolvimento contínuo.

3.    Flexibilidade e adaptação

Empresas multigeracionais tendem a ser mais flexíveis e adaptáveis às mudanças de mercado. Enquanto os mais novos estão mais abertos a testar novas abordagens, os mais experientes mantêm a visão estratégica e orientada para os objetivos de longo prazo, equilibrando riscos e inovação.

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